terça-feira, 28 de abril de 2009

Olá a todos!

No 3º período é a recta final do nosso projecto, ou seja, é a conclusão deste e para isso vamos realizar uma apresentação para duas turmas escolhidas por nós, este é o nosso objectivo final, mas até lá temos objectivos “intermédios”.

Dentro destes objectivos “intermédios” está a realizar o jornal de Maio, vamos concluir os resultados dos questionários que realizámos á comunidade local, iremos efectuar as entrevistas à ginecologista e a um casal com problemas de fertilidade e finalmente iremos fazer posters e panfletos com informação sobre infertilidade e adopção para esclarecer a comunidade local sobre estes assuntos que são tão polémicos e as pessoas ainda não estão devidamente informadas sobre estes.

Esperemos fazer um bom trabalho…

sexta-feira, 20 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

A NUVEM DE INFERTILIDADE


Fecundação in vitro


O que é a fecundação in vitro?

É um processo que permite a manipulação da fertilidade.

Em 1978 foi gerado o 1º bebé em laboratório, porque uma mulher tinha as trompas de Falópio obstruídas, mas poderia então acolher no seu ventre uma criança.

Através de uma técnica de reprodução assistida em casos de infertilidade - Fecundação in vitro.

Factor de infertilidade:

- Trompas de Falópio bloqueadas ou danificadas;
- Outro factor de infertilidade: número reduzido de espermatozóides, de má qualidade e com reduzida mobilidade.

Em situações como estas recorre-se então à fecundação in vitro que é a união em laboratório, de um espermatozóide com um oócito.
Esta tem que ocorrer em condições de assepsia e a uma temperatura média de 37ºC.

As pacientes são submetidas a uma estimulação da ovulação, com o objectivo de se obterem mais oócitos que o normal, quando maduros são cuidadosamente colhidos.
Faz-se uma aspiração do conteúdo dos folículos sendo este colocado imediatamente numa placa,
sendo assim possível a observação ao microscópio da sua maturidade e qualidade, posteriormente são colocados em meio de cultura próprio.

Cada óvulo é combinado com cerca de 75000 e 100000 espermatozóides dentro de uma caixa petri, daí a designação in vitro.

Os blastocistos de 2 a 6 dias no laboratório depois sao introduzidos no útero já sob a forma de embriões.

Desvantagens da fecundação in vitro:

Gestaçao múltipla, hoje em dia pode ser evitada com a transferência tardia dos embriões fecundados em laboratório permitindo:

• Transferir no estádio de blastocisto, com maior probabilidade de nidação;
• Proceder a uma selecção mais rigorosa dos blastocistos, com implantação de 3 ou mais embriões;
•Maior sincronização do ciclo menstrual, transferindo os embriões apenas quando o endométrio se encontra preparado para nidação;
•Evitar que haja mais de um embrião implantado.

Blastocistos não utilizados podem ser:

Conservados até ao 3º dia de cultura no laboratório em estufas e incubadoras reproduzindo desta forma o organismo materno;

Depois de 3 dias (embrião)reunem-se todas as condições necessárias podem ser congelados - Crioconservação.

Caso os embriões sejam conservados podem ser:

- Doados para investigação;
- Utilizados em tentativas posteriores de engravidar;
- Doados a casais inférteis.

Entrevista a um casal que superou os problemas de fertilidade... O Sr. Manuel e a Sr.ª Cidalina


Marina – Boa tarde.

Cidalina – Boa tarde.

Marina – Que idades tinham quando decidiram tentar engravidar?

Cidalina – Eu tinha 19.

Manuel – Eu tinha 26.

Marina-E estavam juntos há quanto tempo?

Cidalina- 1 ano.

Marina – Quanto tempo andou a tentar engravidar?

Cidalina- 14 anos.

Marina – Quando foi ao medico e lhe disseram que não podia ter filhos, qual a vossa reacção?

Cidalina- Eles nunca me disseram que eu não podia ter filhos.

Marina – Então?

Cidalina- Primeiro disseram-me que tinha que fazer exames tanto eu como o meu marido, o problema tanto podia ser meu como dele, e depois fiz exames e nunca chegaram a uma conclusão que não tinha problemas.

Manuel- Nem eu, nem ela.

Cidalina- Nunca nos encontraram qualquer problema.

Marina – Alguma vez desistiram do sonho de serem pais?

Cidalina -se quê?

Marina – Alguma vez desistiram do sonho de serem pais?

Cidalina- Não, não nunca desistimos.

Marina- Realizaram alguns tratamentos?

Cidalina- Fiz.

Marina- Quais?

Manuel Inseminação artificial e vitro.

Cidalina- E não deu resultado.

Marina- Não teve resultados.

Cidalina- Nao.

Marina-Quando souberam que finalmente a Sr.Cidalina conseguiu engravidar qual foi a vossa reacção?

Manuel- (risos) Eu fiquei eufórico.(risos)

Marina – Momento de alegria.

Cidalina- A terra parece que me fugiu dos pés.

Marina- Não queria acreditar.

Cidalina- Não queria acreditar (risos).

Marina- Alguma vez fez alguma promessa se engravidasse?

Cidalina- Sim.

Marina- Qual?

Cidalina- Ir a Fátima, vir de joelhos da Cruz alta ate à capelinha das Aparições e o meu marido com o menino ao colo.

Marina – Cumpriu então?

Cidalina- Sim.

Marina- Como escolheu o nome do vosso primeiro filho?

Cidalina- Bom, quem escolheu o nome do meu filho foi o meu marido porque toda a gente me dizia que havia de por o nome ao menino, o desejado e depois o meu marido a que teve a ideia de escolher o nome.

Manuel- O nome Sebastião, porque o rei D.Sebastiao foi o desejado. (risos)

Marina- Conhecem muitos tratamentos de infertilidade?

Cidalina- Ah sim, inseminação artificial.

Marina- Foi os que a senhora realizou?

Cidalina- Foi os que fiz, fiz pelo menos 5 de mim e do meu marido, pronto.

Manuel- Inseminação assistida, Inseminação artificial e in vitro.

Marina- Alguns dos tratamentos vão contra os vossos princípios?

Cidalina- Não.

Manuel- Não.

Marina- Algumas vez pensaram em adoptar uma criança?

Cidalina- O meu marido sim, mas eu não, porque eu sempre tive o pressentimento que um dia ia ter filhos.

Marina- Mas ele nasceu, mas se não conseguisse, se tivesse muitos e muitos anos sem ter? Ainda mais que os que teve, não pensava nisso?

Cidalina- Quer dizer, não sei porquê mas eu tinha um pressentimento no meu peito…eu ainda ia ter filhos.

Marina- é o sexto sentido das mulheres. (risos)

Cidalina- E foi o que aconteceu.

Manuel- Eu sim… Por minha vontade já tinha adoptado.

Cidalina- Por vontade dele já tinha adoptado.

Manuel- Antes daquele vir. (risos)

Cidalina- Já tinha feito isso mas eu como tinha aquele pressentimento a mim nunca me passou por essa….

Marina- Acha que devido aos custos elevados dos tratamentos, existem casais a desistirem do sonho de serem pais?

Cidlina- Penso que sim, penso que sim, porque sei que o que eu fiz fica caro mas caro.

Marina- Nem todas as pessoas tem possibilidades.

Cidalina- Não…Não.

Marina- Acha que os custos das técnicas deveriam ser mais acessíveis visto que há tantos casos de infertilidade hoje em dia?

Cidalina- Sim acho que devia ajudar muito os pais que querem ter filhos e não conseguem porque acho que é triste eles quererem um filho e não conseguirem por isso acho que os deviam ajudar, apoia-los mesmo gratuitamente.

Marina- Ter mais apoio do governo?

Cidalina- Mais apoios porque sei que sofrem com... Todo o casal que quer ter um filho e não consegue, sei que sofrem muito.

Marina- é uma dor.

Cidalina- Eu sei por mim….

Marina- Que conselho gostaria de dar aos pais que estão na situação que vocês já tiveram?

Cidalina- Para não desanimarem.

Manuel- Não desistirem.

Cidalina- Não desistirem, ir sempre para a frente, terem fé, foi o que eu….

Manuel- Eu quer dar um achega, eu penso que a infertilidade demorou tanto porque ela tinha uma vontade enorme de engravidar e psiquicamente ela pensava muito nisso e portanto ela quando ficou de bebe foi precisamente quando esqueceu que devia engravidar portanto começou a fazer outras actividades que lhe tiram aquilo da memoria, foi a carta de condução portanto eu pedi as sobrinhas começaram a chateá-la para ela tirar a carta de condução ela esqueceu-se que devia ter filhos e depois já vieram os filhos. (risos)

Marina- Aquela pressão de querer engravidar e não conseguir….

Manuel- Depois perdeu essa ideia.

Marina- E conseguiu.

Manuel- E conseguiu.

Marina- E tiveram outro menino. (risos)

Manuel- Mais dois, só que um portanto….

Cidalina- O do meio estava grávida de 5 meses, mas morreu, tiveram que me o tirar.

Manuel- Morreu dentro do ventre.

Marina- Depois nasceu o Gonçalo. (risos)

Cidalina- Gonçalo. (risos)

Marina- Ok era tudo obrigado.

Manuel- De nada.

Infertilidade



O que é a infertilidade?

É a incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho ou em levar uma gravidez até ao seu termo natural.
A incapacidade de procriar leva a uma crise de vida, a uma frustação e a uma morbilidade emocional e problemas interpessoais.











Qual a solução?

Técnicas de reprodução medicamente assistidas (para 20% dos casais inférteis), técnicas e métodos que visam ultrapassar os problemas de infertilidade do casal implicam o conhecimento dos factores de infertilidade (masculina/feminina), estudando-se as causas, consequências e formas de controlo e tratamento.

Outras razões que podem levar à não ocorrência de gravidez:

-Mulheres com mais de 35 anos;
-Irregularidade no funcionamento do sistema reprodutor;
-Espermatozóides deficientes ou em pouca quantidade.

Há 2 tipos de infertilidade:


Primária – Consiste na incapacidade fisiológica de uma primeira gravidez;

Secundária – incapacidade fisiológica de uma segunda ou mais gravidezes.

Como funcionam os métodos de reprodução medicamente assistidos?

1º - Realização de um exame diagnóstico ao casal;

2º - Elaboração de um plano de acção médica, em que a escolha do método mais adequado é feita em função do casal.

Métodos de reprodução medicamente assistida mais comuns:

• Inseminação Artificial ( IUI ou IIU);
• Estimulação Ovárica ou hiper estimulação controlada dos ovários;
• Fecundação in vitro (IVF ou FIV); (Com ou sem microinjecção).
• Transferência intratubárica de gâmetas (GIFT);
• Transferência intratubárica de zigotos (ZIFT);
• Injecção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI).

O que é a Inseminação artificial?

Permite a colocação de espermatozóides (previamente recolhidos e seleccionados como morfologicamente mais normais e móveis) no interior do útero, de modo a que estes possam deslocar-se até às trompas de Falópio para fecundarem o oócito II. Os espermatozóides são colocados com o recurso a um cateter.

A inseminação artificial aplica-se nas seguintes situações:

• Problemas ao nível do esperma principalmente quanto ao seu número;
• Incompatibilidade entre o esperma e o muco cervical;
• Incapacidade de o homem ejacular na vagina por motivos de impotência, psicológicos ou outros;
• Esterilidade do homem ou portação de uma doença hereditária.

terça-feira, 17 de março de 2009

Adopção


A adopção é o vínculo que, à semelhança da filiação natural, mas independentemente dos laços de sangue, se estabelece legalmente entre duas pessoas.
Existem dois tipos de adopção, a adopção plena e a adopção restrita.Distinguem-se fundamentalmente pelos seguintes aspectos:


Adopção Plena
O adoptado adquire a situação de filho do adoptante, integrando-se na sua família, extinguindo-se as relações familiares entre a criança e os seus ascendentes e colaterais naturais;
O adoptado perde os seus apelidos de origem;
Em determinadas condições o nome próprio do adoptado pode ser modificado pelo tribunal, a pedido do adoptante;
Não é revogável, nem mesmo por acordo de ambas as partes;
Os direitos sucessórios dos adoptados são os mesmos dos descendentes naturais.

Adopção Restrita

O adoptado conserva todos os direitos e deveres em relação à família natural, salvas algumas restrições estabelecidas na lei;

O adoptante poderá despender dos bens do adoptado a quantia que o tribunal fixar para alimentos deste;

O adoptado pode receber os apelidos do adoptante, a requerimento deste, compondo um novo nome, em que figure um ou mais apelidos da família natural;

Pode ser revogada se os pais adoptivos não cumprirem os seus deveres;

Pode ser convertida em adopção plena, mediante requerimento do adoptante e desde que se verifiquem as condições exigidas;

O adoptado ou os seus descendentes e os parentes do adoptante, não são herdeiros uns dos outros, nem ficam reciprocamente vinculados à prestação de alimentos.


Tanto na adopção plena como na adopção restrita podem ser adoptados os menores filhos do cônjuge do adoptante e confiados ao adoptante, mediante confiança, administrativa ou judicial, ou medida de promoção e protecção de confiança com vista à adopção. Podem, ainda, ser adoptados os menores que, à data da entrada do processo em tribunal, tenham idade inferior a 15 anos e inferior a 18 anos se não forem emancipados e tiverem sido confiados aos adoptantes ou a um deles com idade não suprior a 15 anos ou se forem filhos do cônjuge do adoptante.


Podem ser adoptantes na adopção plena:
Duas pessoas casadas ou em união de facto há mais de 4 anos e não separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto, se ambas tiverem mais de 25 anos;

Uma única pessoa se tiver:

Mais de 30 anos;

Mais de 25 anos, se o menor for filho do cônjuge do adoptante,Só pode adoptar quem não tiver mais de 60 anos à data em que o menor lhe tenha sido confiado, excepto se este for filho do cônjuge;

A partir dos 50 anos, cuja diferença de idades entre o adoptante e o adoptado não pode ser superior a 50 anos, excepto se o menor a adoptar for filho do cônjuge do adoptante ou em situações especiais.


Na adopção restrita, podem ser adoptantes:Pessoas com mais de 25 anos e até 60 anos, se completados à data em que o menor lhes tenha sido confiado, excepto se este for filho do cônjuge.

Todo este processo leva o seu tempo. A entidade competente, onde foi apresentada a candidatura, procede a uma avaliação social e psicológica do candidato, emitindo a decisão sobre a candidatura num período que não deverá ultrapassar os 6 meses. O candidato seleccionado fica a aguardar proposta de criança a adoptar. Após apresentação desta proposta, existe um período cujo objectivo é o conhecimento e aceitação mútuos entre o candidato e a criança. Quando esta fase é concluída de forma favorável, a criança é confiada ao candidato, ficando em situação de pré-adopção por um período que também não deve ultrapassar os seis meses. Este tempo serve, também, para a entidade competente proceder ao acompanhamento e avaliação da situação. Quando verificadas as condições para realmente ser requerida a adopção é elaborado um relatório que é remetido ao candidato e que deve então acompanhar o pedido de adopção ao Tribunal de Família e Menores da sua área de residência. O processo fica finalmente concluído, quando é proferida a sentença.

Poderá requerer em qualquer altura, nas seguintes entidades:Centro Distrital da Segurança Social da sua área de residência;Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, caso resida nesta cidade;Se residir nos Açores, no Instituto de Acção Social;Centro de Segurança Social, se residir na Madeira.


Existem impressos próprios para dar início ao processo de adopção.